A Verticalização Industrial no Estado

    É sabido, pelos vários textos postados neste Blog, que o estado do Pará é rico em recursos naturais e que existem vários projetos em andamento visando a exploração destes recursos de maneira sustentável, atividade essa que gera renda e desenvolvimento econômico, porém, apenas até um certo ponto. Estudos econômicos apontam, que, economias emergentes (vide Brasil) com baixa capacidade de produção de itens industriais de alto valor agregado (leia-se: uma economia não verticalizada), geram menos empregos de qualidade e consequentemente menos renda.
    O estado do Pará, assim como o Brasil de forma geral, sofre com a questão da falta de produção de produtos industrializados com alto valor agregado, se tornando uma economia em sua grande maioria extrativista. Apesar disso, já existem no estado cadeias integradas que vão desde a extração da matéria prima até a transformação em produto final para comercialização, como por exemplo a cadeia do alumínio que vai desde a mineração da bauxita até a fabricação de cabos de elétricos, ou até mesmo uma iniciativa mais recente, a cadeia do ouro, iniciando na extração do metal e finalizando no seu refino em Belém, com fins de exportação. Esses são apenas 2 exemplos de cadeias de produção que foram verticalizadas no estado, e, a cada etapa do processo, geram emprego, renda e movimentam a economia do Pará. 


    Urge então a necessidade de se pensar em politicas públicas não apenas para a atração de empresas para extração de commodities, mas sim, politicas eficientes visando a implantação de industrias de alto valor agregado no Pará. Esse esforço deve se iniciar pela fomentação de uma ambiente de negócios propício a investimentos, passando pela qualificação da mão de obra local e grandes melhorias na infraestrutura local, entre diversas outras medidas tão necessárias para que o estado atinja seu máximo potencial econômico, tirando proveito de uma localização geográfica estratégica, tanto para logística quanto para recursos naturais.

Fonte: 
https://revistaaluminio.com.br/


Por: Marcelo Pará Jr.

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