Dos 150 bilhões de Dólares em Potencial, Pará exporta somente US$ 21 bi

    O Pará possui um potencial produtivo enorme. Seja na indústria, na mineração ou agronegócio. Riquíssimo em recursos naturais, o estado hoje não aproveita toda sua capacidade produtiva. O Pará deixa de exportar US$ 129 bilhões do seu potencial total. A notícia não é tão ruim assim, dos US$ 28 bilhões exportados por toda a Região Norte, US$ 21 bilhões saiu somente do Pará. O que mostra a grandiosidade da contribuição do estado para o PIB brasileiro. Hoje em 10º no ranking nacional de estados que mais exportam, como já publicado anteriormente no blog no texto de 19/12/2022. O ponto é que apesar do bom número, o potencial paraense ainda é subaproveitado. Nem 1/7 da capacidade nominal do estado é exportada. Ou seja, o Pará pode ter suas exportações aumentadas em até sete vezes, há capacidade para isto, falta incentivo. Em 2023, até o mês de outubro, o Pará ocupa a 7ª posição em exportações por federações do país. Números que evidenciam um estado muito forte no agronegócio e principalmente na atividade de mineração.

       O potencial dos produtos amazônicos embora enorme, também ainda é muito pouco aproveitado pelo país, incluindo itens bastante procurados por consumidores estrangeiros. Produtos com mercado garantido no exterior. O açaí que o mundo inteiro consome e vem ganhando cada vez mais mercados mundialmente, hoje é produzido praticamente todo no Pará, isso deve ser evidenciado. O estado abastece o planeta inteiro com seu açaí e ainda assim não existem grandes políticas de incentivo para novos produtores ou verticalização da cadeia produtiva no estado. A castanha do Pará, o cacau e a pimenta do reino também são produtos com mercado fortíssimo mundo afora, porém não tem suas respectivas exportações devidamente incentivadas no Brasil. A título de comparação, a Bolívia chega a exportar cerca de US$ 150 milhões em castanhas. O Brasil só chega a 10% disso. E enquanto a Costa do Marfim exporta 2,2 milhões de toneladas de cacau, o Brasil produz apenas cerca de 300 mil toneladas. Aqui, na Amazônia, são exportados US$ 100 milhões em pimenta do reino. O Vietnã exporta US$ 700 milhões. São produtos que carecem de uma política específica para estimular suas comercializações e incentivo na cadeia produtiva e verticalização da cadeia. A Amazônia é um mundo de oportunidade de negócios ainda pouco explorada.

    A Apex Brasil tem um papel muito importante a cumprir. A Amazônia, assim como o nordeste brasileiro, exporta pouco, embora ambos tenham potencial de exportação enorme. O momento é propício. Com a chegada  COP ao Brasil, que será sediada em Belém, bilhões de reais em investimentos entrarão na capital do estado. É o momento para explorar um forte crescimento nas exportações da Amazônia.  Não apenas de matéria-prima, mas também com valor agregado. A verticalização da indústria merece finalmente uma atenção especial.

  


Fonte:

agenciabrasil.ebc.com.br

belemnegocios.com.br


Texto por Bruno Fernandez

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