Belém e Ananindeua Estão Entre as 10 Piores Cidades em Saneamento Básico do Brasil

    Saneamento básico é um conjunto de serviços fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico de uma região, tais como abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser considerado desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na saúde infantil com redução da mortalidade, melhorias na educação, na expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda do trabalhador, na despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos. De forma simplificada, a cadeia do saneamento tem início na captação em reservatórios de água, onde acontece o tratamento e distribuição aos pontos de consumo, sejam eles residenciais ou industriais. Em seguida, é feito o descarte em uma rede de esgoto, direcionando o resíduo para tratamento. O ciclo tem conclusão quando a água tratada é devolvida ao ciclo natural. O saneamento básico contribui com a saúde, a educação, o meio ambiente e a economia. A modernização e ampliação do sistema de saneamento básico beneficia, em qualquer lugar do mundo, a sociedade como um todo: as empresas, o país, as cidades e o desenvolvimento social e econômico.

    Infelizmente no Pará, o tema saneamento básico não é levado a sério. As duas maiores cidades do estado - Belém e Ananindeua - estão no péssimo hall das 10 piores cidades do país em saneamento básico. O que causa um efeito em cadeia. Saneamento básico, como próprio nome diz, é a uma necessidade básica do ser humano, o mínimo necessário para se ter minimamente alguma qualidade de vida. Não é a toa, que o Pará possui as cidades com os piores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. De acordo com dados disponibilizados pelo Sistema Nacional sobre Saneamento (SNIS), Belém tem menos de 3% de seu esgoto tratado e somente 15% da população da capital paraense possui coleta de esgoto. Esses números colocam Belém como a 4ª pior cidade brasileira em tratamento de esgoto, perdendo somente para três cidades em todo o país, curiosamente, sendo uma delas, a vizinha Ananindeua.

Foto: Uma cena típica em Belém, esgotos a céu aberto, chamados simplesmente de canais, que se espalham pela cidade, tanto nas periferias quanto em áreas mais nobres, sempre rodeados de lixo, evidenciando o grave problema de coleta de resíduos que a cidade agrava há décadas. Ao fundo, residências precárias construídas improvisadamente com madeira e sem esgotamento sanitário (Acervo pessoal)

Fonte:

https://sinproquim.org.br/

https://www.zedudu.com.br/

https://www.portaldaindustria.com.br