Aeroporto de Belém Será Concedido à Iniciativa Privada Com Promessa de Transformar o Terminal em Hub
O Aeroporto Internacional de Belém, Val-de-Cans, que já foi referência de modernidade e pioneirismo quando teve sua última obra de modernização e ampliação entregue em 2001, no início do milênio. Hoje, passados 22 anos, o terminal ultrapassado que parou no tempo, encontra-se defasado em modernidade e pequeno para a demanda de passageiros e cargas que por lá transitam. Em horários de pico, o terminal vira um 'gargalo', filas se misturam entre elas, pessoas se aglomeram por falta de espaço. Não raro, não há lugar para sentar dentro da sala de espera, tamanho a discrepância da demanda versus a oferta de espaço físico que o terminal oferece. Fato é que o terminal de Belém não evoluiu desde sua última ampliação e modernização há 22 anos e o problema se estende para além do terminal, quando observamos os pátios, pistas, taxiways, etc.
O terminal hoje administrado pela Infraero, será concedido para a iniciativa privada ainda no primeiro semestre de 2023. A concessionária vencedora do leilão com um lance de R$125 milhões foi o Consórcio Novo Norte, formado pelas empresas Socicam e Dix Empreendimentos. As expectativas são altas, mas os desafios da concessionária serão grandes. A Infraero entrega para a empresa concessionária, um terminal defasado, carecendo de modernização e principalmente uma grande ampliação para atender sua demanda de passageiros confortavelmente. Existe um projeto piloto, em que grandes mudanças em termos de ampliação e modernização estão planejadas, como por exemplo a duplicação do espaço físico do terminal de passageiros, o número de pontes de embarque deverá ser mais que dobrado, passando das 6 pontes de embarque atuais, para 14. As posições de embarque remoto também deverão ser ampliadas e novos pátios de embarque remoto serão construídos. Além de mais opções de alimentação e entretenimento para os quase 4 milhões de passageiros que ali transitam anualmente.
Os desafios da concessionária não param por aí. Além das diversas ampliações, melhorias e modernização necessárias no terminal, o fator tempo será limitante. Já operando acima da sua capacidade, as previsões para os próximos anos do terminal é de aumento tanto no volume de passageiros quanto no de carga. São muitos os eventos que estão a caminho da capital paraense como a maior feira de mineração da América Latina em 2023, a provável realização da COP 30 em 2025, além do início da exploração de petróleo no estado que movimentará o terminal ainda mais, o boom da mineração no estado, entre outros. A concessão será de 30 anos e serão investidos R$ 874 milhões pela concessionária que também terá como missão, melhor aproveitar a localização geográfica do aeroporto da capital paraense, tornando o terminal em um hub nacional e internacional.
Fonte:
socicam.com.br
oliberal.com.br
Por Bruno Fernandez
Foto: Raphael Magalhães
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